PS
Sou Professor Universitário no ISCTE-IUL. Sou deputado eleito pelo Distrito de Leiria e Presidente do Grupo Parlamentar do PS na XV Legislatura. Fui Secretário de Estado da Internacionalização nos XXI e XXII Governos Constitucionais, bem como deputado eleito nas XIII e XIV Legislaturas, sendo membro da Comissão de Orçamento e Finanças e da Comissão de Assuntos Europeus, onde fui Vice-Presidente. Na XIII Legislatura fui também Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito à Resolução Bancária do BANIF. Fui Administrador Executivo da AICEP Portugal Global e da AICEP Global Parques. Continuar a servir o Distrito de Leiria e as suas gentes é a minha vontade, com a certeza que o trabalho feito na última legislatura abriu caminho a um conhecimento que será seguramente valioso nos próximos anos.
Mais rendimentos. Mais salários e mais pensões. Continuar uma trajetória de aumento do salário médio e do salário mínimo, e isso só é possível se continuarmos a apostar na valorização da nossa indústria e da nossa agricultura, o que nos permitiu atingir valores recorde de emprego, de investimento estrangeiro e de exportações. Há que continuar a implementar as agendas mobilizadoras, que incluem mais de 150 entidades do distrito e a garantir que as CIM - Leiria e o Oeste - têm novos instrumentos de capitalização e internacionalização das PMEs. Há que continuar a investir nas infraestruturas de transporte, em particular continuando a modernização da Linha do Oeste e a garantir a Estação de Alta Velocidade em Leiria. Na saúde e na educação prosseguir com os investimentos em curso, e na valorização dos profissionais. A gratuitidade das creches já atingiu 5.400 crianças no distrito; a universalização, com uma cobertura integral, é um objetivo que queremos cumprir durante a próxima legislatura. Só o PS com confiança e segurança pode concretizar estes objetivos.
É necessário - é mesmo urgente - não parar as Estratégias Locais de Habitação. Hoje temos a infraestrutura legal e financeira para avançar com o maior programa de habitação das últimas décadas, com uma aproximação concelhia, onde cada autarquia definiu as suas prioridades. Há que continuar. Para os mais jovens queremos melhores salários, mas também habitação acessível. E isso só com uma maior proporção da oferta pública no mercado de habitação.
As agendas mobilizadoras são a semente para com dimensão, com volume de investimento, tendo o IPL - que será a nova Universidade Politécnica de Leiria - um local central, assegurarmos a modernização e renovação do tecido económico do Distrito. Uma entidade que hoje, com o forte compromisso do PS, já pode outorgar doutoramentos, e que na ligação ao setor produtivo será uma alavanca internacionalizada do empreendedorismo e inovação no Distrito. Muito foi feito. Mas continuaremos seguramente a fazê-lo. Os resultados já estão à vista. O Distrito de Leiria atingiu o valor recorde de exportação de bens em 2023.
Neste âmbito há que resolver de vez o problema em torno dos efluentes suinícolas, garantindo a sua valorização económica. Este passo é importante, e temos já hoje projetos em fase de licenciamento. Por outro, há que valorizar a floresta pelos seus serviços ambientais. Já estamos a fazê-lo, no Pinhal Interior e não só, e há que continuar.
Já sublinhei a importância que dou à conclusão da Linha do Oeste e à consagração de uma Estação de Alta Velocidade Ferroviária em Leiria. Mas também na rodovia. Alguns exemplos: a requalificação do IC8 entre Avelar e Pombal, o prosseguimento das intervenções no IC2 (em parte já concretizadas), o estudo para o lançamento do IC11 e do futuro nó do IC9 na freguesia de São Mamede na Batalha, ou ainda a avaliação da isenção de portagens na A19, para desviar tráfego mais pesado e poluente junto do Mosteiro da Batalha (servindo também outros concelhos do centro do Distrito). Por outro lado, há que investir na coesão. O PART tem que servir a alta, a média e a baixa densidade, com soluções diferentes, mas que assegurem a mobilidade interdistrital. Temos avançado, mas há que dar um novo impulso neste caminho.
Mário Soares. Sempre Mário Soares. O combatente pela liberdade, no exílio, fundando o PS, mas também o democrata que lutou pelo socialismo em liberdade. O líder europeu que nos levou à CEE e aquele que soube como ninguém ser o Presidente de todos os portugueses. Maior português do Século XX. O Homem que se confunde com a Democracia e a Liberdade em Portugal. Faria este ano 100 anos. Passou metade da sua vida lutando por um país livre. Saberemos, também nesta eleição, honrar a sua memória.
Ao Pedro Nuno Santos recomendo seguramente a releitura da obra de Camilo Castelo Branco 'A Queda de um Anjo'. É a derrota dos miguelistas que subsistem e parecem ganhar força na sociedade portuguesa. Há que dar luta a essa forma de fazer política. Seguramente hipócrita; e, terrivelmente populista. Com o Pedro Nuno Santos não lhes daremos descanso. Não podemos voltar para trás.